Representantes do Hospital Auxiliadora participam de mais uma etapa do projeto “Melhorando a Segurança do Paciente em Larga Escala no Brasil”

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Representantes do Hospital Auxiliadora participam de mais uma etapa do projeto “Melhorando a Segurança do Paciente em Larga Escala no Brasil”

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Parceria do Ministério da Saúde com hospitais privados reduz 23% dos casos de infecção hospitalar em 119 unidades do SUS. O encontro tem como meta ampliar a marca de 50% até 2020, números foram divulgados, entre 20 e 21 de agosto, durante encontro promovido pela iniciativa, em São Paulo, que contou não só com plenárias e oficinas de treinamento, mas também palestrantes internacionais.

Uma parceria do Ministério da Saúde com os cinco hospitais do Programa de Desenvolvimento Institucional do Sistema Único de Saúde (PROADI-SUS) – Sociedade Beneficente Israelita Brasileira Albert Einstein, Hospital Alemão Oswaldo Cruz, Hospital do Coração (HCor), Hospital Moinhos de Vento e Hospital Sírio-Libanês –, obteve uma importante marca em favor da saúde pública no Brasil. Intitulada Melhorando a Segurança do Paciente em Larga Escala no Brasil, a iniciativa, em curso desde o ano passado, já conseguiu promover uma redução de 23% no total de casos de infecção hospitalar contabilizados nos 119 hospitais públicos, oriundos de 25 estados brasileiros, que integram o projeto. “De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), o problema já configura a quarta maior causa de morte dentro de UTIs em todo o mundo. Portanto, embora tenhamos obtido uma conquista importante, nossa meta é ampliar esta marca para 50% até 2020”, afirma Cláudia Garcia de Barros, atual coordenadora geral da iniciativa.

Todos estes números foram divulgados durante a terceira Sessão de Aprendizagem Presencial (SAP3) promovida pela organização do projeto, de 20 a 21 de agosto, no Wyndham Garden Convention Nortel, na Av. Luiz Dumont Villares, 400, no bairro de Santana, em São Paulo. “Cada hospital do PROADI-SUS possui um total de 24 instituições públicas de saúde sob a sua tutela, formando grupos que chamamos de Hubs. Nesta SAP contamos com a presença de 584 profissionais de saúde que ficaram divididos nestas modalidades de equipe, conforme os seus hospitais de origem”, explica Cláudia. “Deste modo, todos puderam ter acesso não só a plenárias e oficinas de treinamento, mas também a informações trazidas por palestrantes vindos de diferentes países”, acrescenta.

Convidados internacionais – Entre os convidados internacionais da SAP 3 estiveram o médico português Paulo Souza, da Escola Nacional de Saúde Pública da Universidade Nova de Lisboa (UNL), e o líder clínico nacional para segurança do paciente do governo da Escócia, Andrew Longmate. Enquanto Souza apresentou números bem-sucedidos relacionados à redução de infecções hospitalares em Portugal e as medidas locais adotadas contra o problema, Longmate discorreu sobre engajamento e a inclusão de familiares no cuidado necessário dentro das UTIs. “O sucesso de trabalhos que visam à diminuição das infecções hospitalares se dá fundamentalmente por meio do comprometimento das equipes na realização dos procedimentos de segurança. Por isso, eventos como esse são tão importantes. Além de promover o compartilhamento de informações, eles trazem noções capazes de transformar atitudes e conduzir a melhoria de cenários adversos. Ou seja, muito mais do que os recursos disponíveis, quem faz a diferença são as pessoas”, afirma Longmate.

Oficinas – Durante a SAP 3, ocorreram diferentes oficinas com o objetivo de promover tanto a troca de experiências, quanto o compartilhamento de métodos e padrões de segurança. No primeiro dia de evento, os participantes contaram com os seguintes temas: Infecção do Trato Urinário Relacionado a Cateter Vesical de Demora (ITU), Infecção Primária de Corrente Sanguínea Confirmada Laboratorialmente (IPCSL) e Pneumonia Associada à Ventilação Mecânica (PAV).

Outra oficina do dia foi a Huddle: “O termo não conta com uma tradução direta para o português. Porém, é muito semelhante ao que chamamos de parada técnica no esporte. Ou seja, durante esta oficina procuramos demonstrar aos participantes a importância da realização de pausas estratégicas para que as equipes possam  conversar entre si, identificar os problemas a serem resolvidos em cada situação e, juntos, traçar planos para resolução de maneira organizada. Tal medida garante muito mais assertividade, o que traz ainda mais rapidez e segurança na execução das tarefas do dia-a-dia”, explica Cláudia.

Durante o segundo dia do encontro, as oficinas ficaram divididas em duas modalidades diferentes. Em uma delas, os hospitais que mais se destacaram em cada Hub compartilharam com os seus parceiros as ideias e inovações que desenvolveram. Na outra, os hospitais do PROADI-SUS reuniram os líderes para traçar planejamentos. “Deste modo, é possível fazer com que todos trabalhem de maneira coordenada e com objetivos mais claros”, afirma Cláudia.

Plenárias – Realizadas paralelamente às oficinas, as Plenárias da SAP 3 também discutiram temas como engajamento, visita estendida e uma maior inclusão de familiares no ambiente das UTIs. Contudo, o maior destaque ficou por conta da apresentação de resultados. No primeiro dia, CEOs e Dirigentes dos cinco hospitais do PROADI-SUS apresentaram cases bem-sucedidos de suas respectivas instituições de origem, abrindo uma roda de conversa com os líderes dos 119 hospitais públicos que integram o projeto. “Além disso, transmitiram orientações relacionadas a aspectos como a importância das lideranças na construção de uma cultura de qualidade e segurança na organização por meio da adoção de práticas que tornem a liderança visível e demonstrem que ambos os assuntos são sempre de responsabilidade e interesse do nível mais alto da organização para as suas equipes”, complementa Cláudia, lembrando que representantes das secretarias estaduais e municipais da Saúde em São Paulo também estiveram presentes na SAP 3.

No último dia do encontro, foi a vez dos hospitais públicos que mais se destacaram na tarefa de combater as infecções hospitalares apresentarem resultados e métodos de trabalho. “O Hospital Getúlio Vargas de Teresina, por exemplo, já está trabalhando para reduzir o número de infecções em casos de ITU (Infecção do Trato Urinário) de 13,7 para 6,35, até o término do projeto em outubro de 2020. Isso mostra que com método, meta e o engajamento correto é possível obter marcas bastante significativas, mesmo em hospitais mais distantes dos grandes centros, o que pode salvar muitas vidas”, conclui Cláudia.

 

 

 

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